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Empresas com práticas ESG são mais rentáveis
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04.10.2023
Escrito por: Ideias que Contam
Consumidores e investidores mais conscientes valorizam as empresas que se preocupam com questões ambientais, sociais e de governance. Mais do que uma tendência, estas siglas são hoje sinónimo de sobrevivência a longo prazo. Conheça as organizações que lideram estes temas e descubra quais os benefícios de iniciar este caminho
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Se dúvidas houvesse sobre o impacto e a importância crescente das práticas ESG (Environment, Social e Governance – em português Ambientais, Sociais e de Governança) nas empresas, os números não deixariam margem para equívocos. Entre 2017 e 2019, o número de investidores, a nível mundial, que aplicaram os indicadores ESG em pelo menos 25% dos seus investimentos cresceu 48%, segundo dados revelados pela consultora Deloitte. Números apresentados pelo Pacto Global da ONU (Organização das Nações Unidas) seguem a mesma tendência: até 2025, 57% dos ativos de fundos mútuos na Europa estarão aplicados em fundos que consideram os critérios ESG, o que representará mais de oito mil milhões de euros.
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Perante este cenário, estarão as empresas, nomeadamente em Portugal, preparadas para abraçar esta nova realidade em nome da sobrevivência dos seus negócios a longo prazo? A resposta não é linear, mas a realidade é que, na generalidade, as que já iniciaram este caminho são maioritariamente as que têm maior dimensão. Isto não significa, porém, que não existam bons exemplos noutro tipo de organizações, mas o desconhecimento e a falta de regulação estão a dificultar o arranque em muitas delas. O Merco Responsabilidade ESG Portugal 2022, responsável pela elaboração do ranking das 100 empresas mais responsáveis em território nacional de acordo com os critérios ESG, espelha bem a realidade nacional. O Grupo Nabeiro lidera esta lista, que integra várias empresas reconhecidas pelas suas boas práticas nos três pilares ESG, tais como a Sonae, a EDP, a Jerónimo Martins, a Vodafone, o Lidl, a Galp, a Microsoft a Google e o Bankinter.
No âmbito do reconhecimento de práticas ESG, o Bankinter integra ainda os índices de sustentabilidade Dow Jones Sustainability Index (DJSI) mundial, Financial Times Stock Exchange (FTSE) 4Good, MSCI, Carbon Disclosure Project (CDP), Bloomberg Gender Equality Index (GEI) e The Sustainability Yearbook: que reúnem as empresas mais sustentáveis do mundo.
Impacto na Reputação
À semelhança do ditado popular que assevera que “à mulher de César não basta parecer”, as práticas ESG têm impacto na reputação e na imagem da empresa perante o público e o mercado. Mais do que olhar o sucesso das organizações apenas pela vertente financeira, os consumidores atuais valorizam aquelas que mantêm boas práticas sociais (dentro e fora da empresa), que têm cuidados ambientais e que apresentam uma gestão transparente e ética. Mas o inverso também acontece, com cada vez mais empresas a serem penalizadas pela sua conduta.
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Ao nível dos investidores, uma empresa com uma estratégia ESG bem definida e implementada torna-se mais apetecível, o que facilita a obtenção de crédito e/ou de capital externo. No caso das empresas cotadas em bolsa, a responsabilidade e a exposição são ainda maiores. Feitas as contas, este é um caminho e um investimento que compensa pois, acreditam os especialistas financeiros, a médio prazo aquelas que não aceitarem este desafio acabarão por perder negócio.
A transparência adotada pelas organizações tem ainda a vantagem (ou desvantagem, em alguns casos) de permitir apurar o seu nível de saúde financeira, a par da sua consciência ambiental e social.
Dar o primeiro passo
Se está a considerar iniciar o caminho da sustentabilidade, trabalhando internamente os três pilares do ESG, comece por entender o que significa cada uma das vertentes para poder olhar para dentro da organização e começar a definir metas:
Ambientais
Retratam a atuação da empresa na mitigação e adaptação às alterações climáticas, preservação da biodiversidade, prevenção da poluição e economia circular. Podem ser observados na forma como gere os recursos internos, como atua ao nível do tratamento de resíduos e que preocupações demonstra na redução da pegada de carbono;
Sociais
A forma como trata os colaboradores diz muito sobre a empresa. Fazem parte deste pilar temas como a igualdade, a inclusão, as relações laborais, o investimento em capital humano e os direitos humanos. No entanto, neste indicador, não basta olhar para dentro, é preciso demonstrar igual preocupação com os clientes, os parceiros e os fornecedores. O trabalho junto da comunidade em que se insere é igualmente importante. Este pilar inclui questões de segurança e de saúde.
Governance
Aqui entram todas as práticas de gestão e propósito do negócio, desde o comportamento ético e transparência nas estruturas de gestão, a política de remunerações, a estratégia tributária, a liderança da empresa, os direitos dos sócios e acionistas, a ética empresarial, as relações de trabalho e a remuneração de executivos.